A Arte de Conceber um Álbum de Astérix

O processo criativo de Fabcaro e Didier Conrad, os autores de Astérix e o Lírio Branco, o novo álbum do gaulês.

Criar um álbum do Astérix é uma tarefa que envolve uma meticulosa combinação de imaginação, escrita, desenho, tinta e cores. Este processo criativo é ainda mais desafiador quando os autores estão separados por 8578 km de distância. Abaixo, revelamos os segredos e desafios por trás da criação da icónica série, destacando os detalhes da sua primeira colaboração da nova dupla de autores de Astérix.

O Guião

A criação de um álbum do Astérix é um processo longo e composto por várias etapas. Após a aprovação da sinopse, a primeira dessas etapas envolve a elaboração de um guião contendo o texto e algumas indicações de posicionamento. Como se pode perceber, Fabcaro tem um cuidado especial com a expressão dos rostos das personagens, porque é essencial para a narrativa.

O Primeiro Esboço

Didier Conrad tem a tarefa de “encenar” a história com base no guião de Fabcaro. Os cenários e as posturas das personagens são aprofundados para dar vida a cada quadro. Diferentemente de um álbum com histórias de viagens, onde há muitas novidades visuais, criar um álbum ambientado na aldeia requer um foco maior na expressividade das personagens. Após a validação desse primeiro esboço, Conrad pode começar a desenhar a lápis.

O Desenho a Lápis

O desenho definitivo a lápis de Conrad ajuda a definir as atitudes de cada personagem e, mais importante, o espaço reservado para o texto. Neste ponto, estamos a apenas duas etapas do acabamento do álbum.

A Passagem a Tinta

Após a validadas as 44 páginas desenhadas a lápis, Conrad passa à etapa da tinta. Munido de tinta-da-china e um pincel, adiciona o traço preto que confere densidade e legibilidade à ação. Os cenários tornam-se mais elaborados e sugestivos. Além do texto, há também elementos visuais cômicos. Neste ponto, todos sentem pena do personagem que está prestes a enfrentar uma reprimenda inesquecível!

A Cor

Esta etapa final tem lugar em simultâneo com a passagem a tinta. Conrad envia as pranchas a tinta a Céleste Surugue, o editor, que acompanha e monitoriza a passagem a cor confiada ao talentoso Thierry Mébarki, encerrado assim o processo criativo da concepção de mais um álbum de Astérix como O Lírio Branco, que chega hoje às bancas.

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