Sci-Fi Lx Ano Zero

Com um programa vasto, permitiram começar a traçar as linhas daquela que se assume como a convenção dedicada a este género de ficção, em Portugal.

18 e 19 de julho foram dois dias dedicados à Ficção Científica, que trouxeram ao Pavilhão Civil do Instituto Superior Técnico gamerscosplayers, livrarias, editores, núcleos de criadores, palestrantes e muitos fãs. Com um programa vasto, permitiram começar a traçar as linhas daquela que se assume como a convenção dedicada a este género de ficção, em Portugal. Arrancaram no ano passado com o que chamaram de Massive Warmup Party, e este ano surpreenderam com este Ano Zero.

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Multidisciplinaridade é, talvez, o conceito que melhor define esta convenção. Espalhados por três pisos de um dos edifícios do IST encontravam-se zonas de demonstração de jogos digitais e RPG, espaços de workshops que iam do cosplaying à programação em Arduino, um programa alargado de palestras que incidiram sobre temáticas queridas ao género e uma mostra de cinema em curta metragem.

No centro, uma zona comercial e de exposição que juntou livrarias e alfarrabistas, com uma grande oferta de livros e Banda Desenhada, jogos de mesa e merchandising temático. Nesse mesmo espaço também podíamos encontrar bancas de grupos que se dedicam ao artesanado de género. Aí o olhar ia directo para as criações da Liga Steampunk de Lisboa e Províncias Ultramarinas, atarefados a criar os seus elaborados fatos steampunk. Os Guerrilla Crochet mostravam várias criações em lã, dos quais se destaca o seu divertio Dalek tricotado. No espaço do Portuguese Lego Users Group pontuavam algumas construções inspiradas em Guerra nas Estrelas Espaço: 1999, bem como um robot Lego EV3 programado para resolver um cubo de Rubik. A Imaginauta mostrava as suas edições, ilustrações do seu mundo ficcional transmedia e uma antevisão do RPG que estão a concluir.

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A fasquia ficou elevada para a próxima edição deste evento. Se em termos de temática e dinamismo parece ter estabilizado de forma ambiciosa, tocando quer no fandom quer no lado mais científico que a FC requer, falta agora melhorar o aspecto visual dos espaços de exposição. Algo que se por um lado pode fazer parte das competências de quem expõe, também requer algum trabalho de conceito de design por parte dos organizadores.

A SciFi Lx, nas suas duas edições, soube crescer e afirmar-se no pequeno mas dinâmico espaço dos eventos culturais temáticos em Portugal. Ambicioso, o evento aposta muito bem em diferenciar-se pelo seu foco exclusivo na Ficção Científica.

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