Está disponível no site do Amadora BD os destaques da edição deste ano num ficheiro PDF. É um pouco surpreendente devido à ausência de exposições, individuais, de autores estrangeiros sendo o grande destaque dado aos autores nacionais.
Ao longo das últimas década David Soares tem-se destacado enquanto argumentista e escritor. Na sequência do Prémio de Melhor Argumentista Nacional, que recebeu em 2012 pelo álbum “O Pequeno Deus Cego”, vai estar patente no Fórum Luís de Camões a exposição “David Soares, O Ato da Escrita é um Ato de Autor” que organização considera “uma exposição especial que evidencia a importância do argumento e compara a composição a uma outra ferramenta de escrita.” David Soares lançou recentemente o álbum “Palmas para o Esquilo”, ilustrado por Pedro Serpa.
Outro Vencedor dos prémios da Amadora do ano transacto é Fernando Relvas, o que não foi ministro. Com uma longa carreira de décadas, Relvas, é o autor de trabalhos emblemáticos da BD nacional como “Espião Acácio”, “L123” e “Cevadilha Speed” entre outras. Na exposição “Relvas a três Tempos, A linguagem da BD explicada a partir da obra de Fernando Relvas” o Amadora BD realiza “um olhar dedicado à obra de Relvas, cujas páginas mais importantes, depois da publicação original, se mantêm estética, temática e narrativamente inovadoras.”
Uma homenagem mais do que merecida a um dos maiores autores nacionais.
Ricardo Cabral foi o autor escolhido para uma reflexão sobre o tema de 2013, “Os Cenários na Banda Desenhada”, é Ricardo Cabral, também em destaque na edição deste ano enquanto autor da ilustração que serve de base à imagem gráfica do Festival. Este convite surgiu na sequência dos troféus Melhor Álbum Português e Prémio Juventude, galardões atribuídos em 2012, ao álbum “Pontas Soltas, Cidades”.
“Geraldes Lino, Militante da BD e dos Fanzines” é um homenagem a Geraldes Lino que vai ser realizada na Galeria Municipal Artur Bual. “Dog Mendonça e Pizzaboy”, cujo terceiro volume será editado durante o Amadora BD, terá trabalhos em exposição.
Existem duas exposições de lustração que se encontram divididas entre o Fórum Luis de Camões e a Casa Roque Gameiro. “Madalena Matoso, Todos Fazemos Tudo” é uma exposição referente ao Prémio Melhor Ilustração de Livro Infantil de Autor Português do AmadoraBD 2012, e estará patente no Forum Luís de Camões. Na Casa Roque Gameiro será possivel ver “Ana Biscaia, A Cadeira que Queria ser Sofá”, exposição referente ao Prémio Nacional de Ilustração da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB)
O cinema de Animação vai estar presente no Amadora BD com a exposição “Cada Filme é um Caso” é uma exposição retrospectiva do trabalho de Isabel Aboim Inglez que vai estar patente no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem
Nos Recreios da Amadora realiza-se uma Exposição de Homenagem aos cartonistas Carlos Rico e Henrique Monteiro (Portugal) e Alessandro Gatto (Itália) . E vai existir uma “Festa da Caricatura” com a presença dos cartonistas Henrique Monteiro, Pedro Manaças, Pedro Ribeiro Ferreira, Ricardo Galvão, Rui Duarte e Rui Pimentel
O grande destaque a nível de exposições de autores estrangeiros vai para“75 anos com o Super-Homem”. uma exposição colectiva onde será possível ver “inúmeros originais de diversos autores que, ao longo dos anos, desenharam esta personagem.”
Devido à ausência da exposição colectiva “Seis esquinas de inquietação” é provável que exista mais algumas exposições a menos que este ano não existe um único autor estrangeiro que tenha um exposição individual no Amadora BD! Seria preciso recuar muitos anos para se encontrar a última vez em que isso sucedeu.
Caso não existam mais exposições a ser anunciadas, é um pouco difícil de compreender a sua omissão destes destaques. Que se assemelham muito a um programa final.
De salientar que André Diniz, um dos autores presentes na exposição seis esquinas de inquietação e argumentista de “Duas Luas” que será editado durante o Amadora BD, é um dos dois autores estrangeiros cuja presença se encontra confirmado, por enquanto. O segundo nome que foi confirmado é Jon Bogdanove, que também só vai ter trabalhos englobados numa exposição colectiva, “75 anos com o Super-Homem”, o que levanta a questão se o Amadora BD que nos habitou à presença de alguns dos maiores nomes da BD Nacional este ano optou por da ênfase aos autores nacionais.
Pela programação já conhecida, começa a parecer que o tema do Amadora BD deste ano não devia ser “Cenários” mas “O que é nacional é bom!”