Frankenstein vive no imaginário ocidental há mais de 200 anos, e é uma leitura obrigatória, não só para fãs de ficção científica, mas também para cientistas e tecnólogos praticantes ou futuros, que devem considerar o impacto de seu trabalho no mundo à sua volta, uma obra recorda aos cidadãos comuns que a ciência afecta as suas vidas assim que é colocada à sua disposição. Numa época em que a tecnologia cada vez mais molda o futuro, este é um conto que se vai tornando mais real e menos imaginário, e prova que as atitudes dos criadores podem ajudar a mudar o mundo, e que é da sua responsabilidade a maneira como essa mudança é feita.
Um monstro que não pediu para existir, e é rejeitado por todos, e principalmente pelo seu criador. Da loucura prometaica e da desmesura desse criador nasceu um ser tão colossal como monstruoso, com sentimentos humanos, mas alienado da sociedade, condenado à solidão e rejeição.
Frankenstein foi escrito por Mary Shelley, uma pioneira na ficção especulativa, mas também uma personalidade complexa e quase revolucionária para o início do século dezanove, adepta do novo progressismo que se ia instalando na Inglaterra da altura. A adaptação para BD está a cargo de Georges Bess, um autor que se afirmou ao longo de várias décadas como um dos grandes mestres da banda desenhada francesa, em colaborações com argumentistas como o chileno Alejandro Jodorowski, e álbuns a solo como a espetacular adaptação a preto e branco do clássico Drácula de Bram Stoker.
Frankenstei de Mary Shelley e George Bess é uma edição d’A Seita e será comercializada com duas capas, a capa prateada que é um exclusivo da Wook e a regular que será vendida nos restantes locais.