Hoje, dia 27 Fevereiro, às 21h00, realiza-se mais um encontro Às Quintas Falamos de BD, desta vez para comemorar os 85 anos de Tintin.
Na primeira tertúlia do ano, a palavra é dada a António Monteiro, do grupo “Amigos de Hergé Portugueses”, e a João Mascarenhas, autor de BD, Para encetarem a conversa em torno deste herói de papel e da sua estreita relação com Portugal e a revista Papagaio, onde as aventuras de Tintin foram pela primeira vez, em 1936, escritas numa outra língua, que não o francês, e apresentadas a cores.
Para este encontro será ainda preparada uma pequena mostra sobre Tintin na Lua, com peças tridimensionais (bonecos e jogos), documentação (livros e revistas) e iconografia (cartazes e ilustrações) dos anos 40 à atualidade, com material gentilmente cedido pelo autor João Mascarenhas.
Criado por Hergé (Georges Rémi), Tintin nasceu em 1º de janeiro de 1929, no Petit
Vingtième, suplemento infantil do jornal belga Vingtième. Acompanhado desde o
primeiro número por Milu, a ele se juntariam os irmãos Dupond e Dupont, o professor Tournesol, e o generoso e rude capitão Haddhock.
Em Portugal surgiu alguns anos mais tarde, em 1936, com o nome de Tim-Tim, no Papagaio. E foi nesta revista que as aventuras de Tintin foram, pela primeira vez, escritas numa outra língua que não o francês e apresentadas com cor. A amizade que unia Müller e Hergé permitiu a impressão em quadricromia que tanto cativou os pequenos leitores de O Papagaio, seis anos antes do primeiro álbum a cores, A Estrela Misteriosa, ter sido publicado pela Casterman.
Mais tarde, em junho de 1968, foi a vez da Editora Bertrand criar uma revista de nome Tintin, que publicou durante mais de 14 anos, até outubro de 1982.
A fama deste herói correu mundo, como ele próprio e as suas reportagens.
Publicaram-se livros realizaram-se filmes, criaram-se todo o tipo de objetos e brinquedos e, até mesmo, um museu foi criado em 2009, na Bélgica, para preservar os seus desenhos e as suas histórias e perpetuar a sua memória.