PPBD 2016 – o esqueleto (até agora) no armário.
Caríssimos,
Como certamente terão reparado, não foi feita ainda qualquer menção à edição deste ano dos Prémios Profisisonais de BD. Sem mais rodeios, comunico desde já que não é certo que haja PPBD este ano. Os moldes regulamentares das duas primeiras edições funcionaram perfeitamente, apesar de certas polémicas desgastantes, e a visão que havia para estes Prémios continua a parecer-me a mais adequada. Porém, nunca conseguimos “o salto”; algo que distinguisse verdadeiramente os PPBD dos restantes prémios que existem em Portugal, nomeadamente ao nível da pós-premiação. A compensação, publicação e reconhecimento além fronteiras dos autores e álbuns vencedores nunca surgiu, fruto de apoios prometidos que depois caíram. Para fazer apenas ligeiramente melhor que os outros, e pela minha parte, não vale a pena continuar.
Surgem duas opções em cima da mesa: a constituição de uma associação com capacidade e força negocial perante as instituições ou lobbies estatais; ou o surgimento de um patrocinador em regime de mecenato que possa associar os PPBD a um evento de larga dimensão. Se tal for conseguido, os PPBD erguer-se-ão, talvez ainda este ano. Se tal não for possível – e, repito, pela minha parte – talvez seja melhor deixar “cair” o projecto, reconhecendo o falhanço de alguns objectivos primordiais, mas ficando com a consiciência absolutamente tranquila que tudo fizemos, de forma séria e transparente, para a divulgação da BD de qualidade produzida em Portugal por autores portugueses.
Até já ou até um dia destes, porque os ideais e as visões transformadoras nunca morrem.
Foi deste modo que Mário Freitas, co-organizador dos Prémios Profissionais de BD, comunicou em Maio a “suspensão”, por tempo indefinido, dos PPBD após duas edições.