A equipe editorial e criativa do Jan Ken Pon, jornal dedicado à edição de banda desenhada, esteve presente na Futurália, cativando os visitantes desta feira de profissões com o mangá criado por autores portugueses que divulga. Durante os quatro dias de duração do evento, foram visitados por milhares de jovens que tomaram contacto com o jornal e adquiriram desenhos personalizados criados pelos artistas colaboradores. Duas edições do Jan Ken Pon estavam disponíveis para oferta aos visitantes.
Tendo decorrido de 16 a 19 de Março na Feira Internacional de Lisboa, a Futurália é a maior feira de profissões portuguesa. O seu público-alvo são os estudantes finalistas do ensino básico e secundário, contando com a presença de instituições de ensino superior nacionais e internacionais, forças armadas, empresas, entidades ligadas ao ensino e formação profissional, e Ministério da Educação, que neste evento promoveu a demonstração do conceito de sala de aula do futuro. O objectivo deste evento é colocar os estudantes em contacto com instituições, mostrando-lhes diferentes possibilidades de carreiras e formação.
Durante estes quatro dias notou-se uma grande afluência ao espaço ocupado pela Jan Ken Pon, perto da entrada do Pavilhão 1 da FIL. Foi possível trocar algumas rápidas impressões com elementos da equipa, que sublinharam a evolução deste projecto como uma continuação divergente da anterior revista Banzai, de onde muitos dos autores vieram. Ricardo Dutoit, um dos membros do colectivo, observou que a aposta no formato jornal visa diferenciar esta edição no mercado, sublinhando que se em Portugal o historial de edição de banda desenhada em revista é longo, o mesmo não se passa em jornal, sendo a Jan Ken Pon, cuja edição se iniciou em Março de 2015, a primeira publicação do género desde os anos 20 do século XX.
Terminada a Futurália, era visível o cansaço no rosto dos membros da equipa. Acreditamos que o sucesso tenha sido elevado. Em serviço na Sala de Aula do futuro, encarregues da zona de impressão 3D, observámos que muitos dos jovens visitantes traziam exemplares do jornal consigo, que guardavam cuidadosamente, tendo inclusivamente este espaço alguns disponíveis para entrega. É muito interessante a aposta desta equipa num evento que, apesar de contar com pelo menos mais um expositor cultural, o Iberanime, não está direccionado para a cultura popular, centrando o foco nas carreiras e formação. Aproveitar estes eventos é uma forma de conquistar novos públicos, junto de visitantes heterogéneos, dando a conhecer estas iniciativas de formas mais abrangentes do que a habitual presença em eventos de cultura de género.
Depois de uma revista de tanta qualidade como a Banzai, a NCreatures faz um downgrade para um jornal. Facepalm. Na era dos tablets, andar a matar árvores para fazer um jornaleco com histórias que já vinham da Banzai (e que já não se encontram à venda em lado nenhum) para ficar aos montes a um canto nas livrarias especializadas é um bocado deprimente. Não digo Idiota, porque Idiotas são as pessoas com muitas e boas ideias.