A comissão organizadora da 25ª edição do Troféu HQMix, anunciou esta semana que o álbum Pontas Soltas – Cidades, do autor português Ricardo Cabral, publicado pela ASA em 2011, foi o vencedor na categoria “Destaque País de Língua Portuguesa”.
O Troféu HQMIX é um dos mais conceituados prémios de Banda Desenhada do Brasil, foi criado em 1988 pelos cartunistas brasileiros Jal e Gual com a finalidade de premiar e divulgar a produção de histórias em Banda Desenhada, cartoons, charges e as artes gráficas como um todo no Brasil. Todos os anos são escolhidos, por meio de votação, os que mais se destacaram entre as várias categorias que compõem o prémio. Desde o início o apresentador Serginho Groisman tem sido parceiro nesta jornada. A ACB-Associação dos Cartunistas do Brasil e o IMAG-Instituto do Memorial de Artes Gráficas do Brasil são as duas entidades que organizam o troféu. A entrega dos prémios Troféu HQMix terá lugar no próximo dia 3 de agosto, em São Paulo.
O álbum Pontas Soltas – Cidades reúne cinco histórias curtas sobre o tema Cidades: “5 Jours”- parte I; “Da cidade”; “The Lisbon Studio”; “Lágrimas de Elefante”; “Barcelona, Kosovo, Barcelona”; e “5 Jours”- parte II. O álbum havia já sido premiado no último Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, na categoria de Melhor Desenho.
Ricardo Cabral nasceu em Lisboa em 1979. Andou na Escola de Artes António Arroio, antes de se licenciar em Pintura, em 2005, pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Em 2007, publica o álbum de BD Evereste, uma adaptação do livro A Mais Alta Solidão, do alpinista João Garcia, em que este relata a sua ascensão ao monte Everest. Em 2009 lança Israel Sketchbook e, em 2010, NewBorn – 10 dias no Kosovo. Já em 2011 vê duas das suas ilustrações serem escolhidas para a capa dos célebres Moleskines. O Troféu HQMix vem agora consagarar o seu trabalho em banda desenhada além fronteiras.
Espero que este prémio venha ajudar à internacionalização do trabalho do Ricardo Cabral no particular e dos autores nacionais no geral, é mais um autor nacional a ser premiado além fronteiras e num mercado cada vez mais débil a venda do trabalho de autores nacionais para o estrangeiro é um modo de rentabilizar os trabalho realizado quer para os autores como para as editoras.